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DEVARNIER HEMBADOOM APOEMA: É um artista visual, fotografo, musico poeta e livre pensador, mas nascido em Salvador na Bahia, Brasil. Formado em Desenho Arquitetônico, Graduado em Artes Plásticas pela UFBA (1997), Mestre em Artes Visuais pela EBA-UFBA (2010), cursou fotografia, computação gráfica (Rio de Janeiro) e serigrafia (Salvador). Realizou mais de 108 exposições de arte, até o ano corrente (2021), em alguns países como: Alemanha, Liechtenstein, Argentina, Itália, Espanha, Suiça e Bulgária. No Brasil em expôs em diversos espaços e varias cidades. Em Abril de 2003 fundou o Coletivo A.S. (Artistas Sincréticos), desenvolvendo o conceito de arte Sincrética com qual desenvolve, alem de artes visuais, musicas, objetos, vídeos e outras experimentações Sincréticas.
Hembadoom desenvolve uma pesquisa plástico-imagética com a figura humana, sobretudo com o corpo modificado, por fatores internos e externos a este, utilizando diversos meios técnicos e linguagens, isolados e agregados entre si, pinturas, desenhos, fotografias, cartazes, artes postais, artes digitais, gravura digitais, musicas, vídeos e outras experimentações. Onde busca a representação alterada, por um repertório imagético/simbólico pessoal, deste homem no contexto contemporâneo, numa leitura do cotidiano universal de forma subjetiva, pois entende que a arte seja uma forma de expressão objetiva da subjetividade. Na sua leitura subjetiva o observador encontra uma leitura diferente, daquela que pretendia o artista, pertinente somente a ele, enquanto indivíduo único, ainda que com os mesmos elementos plásticos, ali, claramente postos e expostos (espaço, tempo, movimento). A globalização, as relações humanas, a máquina, o computador, a clonagem. Os aspectos políticos, sociais, econômicos e psicológicos oriundos dessas relações, são assuntos que certamente o interessam. Querendo expor ali não só, a sua magia, a sua estética, o seu vigor de vida, mas também as suas inquietações, reflexões, dramas e degradações, enfim... Sua vida, com o que existe de mais fabuloso e mais vil possível. Às vezes tirando, às vezes pondo, tudo em busca de maior plasticidade, expressão e impacto.
Por: Sounierry Soulemount
O eixo, da serie de pinturas Ballet ao Cosmos, gira em torno da representação da atual figura humana - homens e mulheres com dreadlocks (com cabelos rastafáris) que mesmo restritos a mera formalidade imagética simbolizam uma profusão étnica que implode os mecanismos de controles do poder, pois os verdadeiros rastafáris são aqueles que seguem o rastafarianismo como uma religião, trazem aspectos de resiliência da cultura local da nação da Bahia. No entanto, abrangem contextualizações teórico-sociais-ecológicas que vão dos micros aos macrocosmos, tendo o homem como cerne das questões. Assim vislumbram-se não só os aspectos locais, mas mundiais descambando-se para os cósmicos.
As obras problematizam questões relativas à preservação do meio ambiente, numa perspectiva que compreende o mesmo como um amplo espaço que se inicia no pequenino, subjetivo e regionalíssimo espaço dos nossos quartos, passando as nossas casas, ruas, bairros, cidades, municípios, estados e países continentes, nosso planeta e transcendendo-o, culminando no cosmos, na nossa imensa galáxia ao universo, que é nosso meio ambiente maior.
Num percurso pelo universo pictórico de Devarnier poderemos notar pessoas bailando em inúmeros e inumeráveis planetas, dançando a dança da vida aos cosmos, conforme a música tocada pelo cosmos, em seus espaços particulares interagindo com a infinita natureza astral, com o todo. Aquela dimensão cósmica implica na relembrança do quão nós humanos somos pequeníssimos em relação ao universo, e à medida que as dimensões se ampliam, a nossa insignificância, enquanto criaturas, cresce, percebemos o quanto somos parte integrante, e não dominante da natureza. Todo este supra ecossistema que devemos conservar a fim de preservar a nossa longevidade, bem como a das gerações vindouras, em nosso próprio planeta.
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